
A motivação das empresas para a adoção de práticas de Gestão Ambiental está na influência que o mercado e os diversos grupos de interesse exercem sobre as organizações.
A adoção da Gestão Ambiental empresarial pode se dar em diferentes estágios, podendo apresentar-se em uma etapa mais inicial, com a adoção orientada para as exigências legais, ou mesmo em um estágio avançado, quando há a inserção da questão ambiental na estratégia organizacional.
03 abordagens da Gestão Ambiental empresarial
Para Barbieri (2016), existem diferentes abordagens de relacionamento das empresas com as questões ambientais: o controle da poluição, a prevenção da poluição e a postura estratégica. Essas 03 abordagens podem ser consideradas como etapas da implantação da Gestão Ambiental nas empresas.
Controle da Poluição
Na fase de controle da poluição, o objetivo é restringir os efeitos decorrentes dos processos produtivos por meio da mitigação da poluição já efetivada ou do controle no final do processo.
Também conhecida como “gestão ambiental reativa” ou “de fim de tubo” (end-of-pipe), essa fase implica custos com tecnologias para o controle da poluição e não tem o objetivo de eliminá-la. A expressão “fim de tubo” é uma referência à colocação de filtros em chaminés, já que a proposta é apenas controlar a “saída” da poluição.
Em termos legais, a postura reativa também se contenta em apenas cumprir as normativas estabelecidas pelos órgãos ambientais (o chamado compliance ambiental).
Prevenção da Poluição
Na fase de prevenção da poluição, a preocupação é mais ampla e tem como princípio a redução da poluição na fonte. A empresa busca essa diminuição por meio de medidas relacionadas aos processos de produção e de comercialização, como maior eficiência e uso de menos recursos e menos energia.
A perspectiva é produzir com poucos recursos e restringir os efeitos poluentes. Assim, a adoção de práticas ambientais começa a ser vista não somente como obrigação legal, mas também como possibilidade de diminuição de custos e de ampliação de mercados. Projetos
de ecoeficiência mostram às empresas que investir na gestão energética ou no uso mais racional da água, por exemplo, traz retornos financeiros expressivos.
A gestão de resíduos sólidos, práticas de reciclagem e reuso de materiais também podem gerar receitas ou se transformar em oportunidades de negócio. Claro que a preocupação com o cumprimento da lei continua, mas as empresas começam a ver a Gestão Ambiental como oportunidade e não apenas para responder a pressões.
Postura Estratégica
Na fase estratégica, adota-se a Gestão Ambiental como fator de competitividade. São identificadas e aplicadas oportunidades estratégicas relativas ao meio ambiente, por exemplo, surgimento de tecnologias menos poluentes ou novos materiais, de modo a garantir vantagem competitiva à empresa.
Nessa fase, toda a cadeia de produção das empresas – fornecedores, parceiros e distribuidores – é levada em conta, propiciando que nas estratégias ambientais seja considerado todo o ciclo do produto (BARBIERI, 2016).
Em termos legais, essa abordagem é conhecida como proativa e beyond compliance (“além do cumprimento”), na qual a adoção de mecanismos e ferramentas vai além do que é estipulado por lei.
Agora que você já conhece os diferentes estágios e abordagens da Gestão Ambiental empresarial, nos responda: em qual estágio da Gestão Ambiental a sua empresa está ou gostaria de estar?
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