Moradores comemoraram pedido do Departamento Hidroviário (DH), da Secretaria de Logística e Transportes de São Paulo, de suspensão por tempo indeterminado do processo de licenciamento ambiental da barragem na Hidrovia Tietê-Paraná, em Santa Maria da Serra (SP). A obra, que deveria deveria começar em 2015 e durar três anos, colocaria debaixo d'água a região rural de Piracicaba (SP) chamada Tanquã. Essa área é considerada um "mini-pantanal" do interior paulista, pela existência de animais e vegetação semelhantes aos do Mato Grosso. Com a inundação da área, famílias ribeirinhas que sobrevivem da pesca teriam de deixar região.
Após elaboração de projeto básico da construção da barragem, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) requisitou novo estudo tendo em vista que se trata de um empreendimento complexo que causará grandes impactos à fauna, flora e população local. Esse novo estudo demandaria muitos recursos e DH não teria, hoje, de recurso para tal finalidade. Sem verba para realizar estudo pedido pela Cetesb, governo solicitou a suspensão temporária de análise do processo.
No Tanquã, vivem 14 famílias e no espaço, há 14 ranchos. Eles comemoraram a decisão e anseiam pela desistência do projeto de construção da barragem tendo em vista que toda a perderiam toda diversidade de espécies, além da moradia e sustento.