A foto de um lagarto que havia sido observado em uma região residencial próxima à zona portuária de Santos pelo estudante de biologia Ricardo Samelo, da Universidade Federal de São Paulo, campus Baixada Santista foi publicada em agosto de 2015 em um post no grupo Herpetologia Brasileira no Facebook. Por ser um animal diferente daqueles vistos na fauna brasileira, começaram as especulações a respeito de sua espécie.
Pesquisadores da City University of New York (CUNY) iniciaram uma investigação e em uma vinda ao Brasil, na região da Baixada Santista, identificaram a primeira ocorrência na América do Sul de uma espécie original de Cuba, a Anolis porcatus, que é invasora, predadora e potencialmente nociva à fauna brasileira e foi publicada em dezembro de 2016 no South American Journal of Herpetology. Um grande número do mesmo lagarto que iniciou as especulações foi avistado em várias regiões de São Paulo, foram feitas coletas de amostras e em Nova York, depois de realizados testes de DNA, contatou-se que se tratava do lagarto cubano A. porcatus.
Qualquer espécie invasora é indesejada, uma vez que compete com a fauna nativa pelos recursos disponíveis. Ainda assim, alguns invasores são piores do que outros. É o que pode acontecer no litoral paulista. Ivan Prates, doutorando na CUNY afirma que o A. carolinensis é uma espécie comercializada como animal de estimação nos Estados Unidos. Então, a primeira hipótese para explicar a introdução daquela espécie na Baixada Santista é esta e descarta-se a possibilidade de invasão flutuante devido à distância entre Cuba e a Baixada Santista.