Criar estratégias que exteriorizam a valoração do meio ambiente é um grande desafio atual, pois consiste em dar um valor em dinheiro para bens e serviços produzidos com valores econômicos de recursos ambientais não compreendidos em sua totalidade.
Do ponto de vista econômico, prevalecia a ideia de que os recursos ambientais poderiam gerar seus próprios mercados por meio de uma exploração racional. Na prática, entretanto, isso pode não acontecer se esses recursos forem extintos ou degradados, tornando sua recuperação economicamente inviável.
Conforme Motta (1998), a valoração ambiental estabelece a determinação do valor econômico de um recurso ambiental, estimando seu valor monetário em relação a outros bens e serviços disponíveis na economia.
A valoração monetária ambiental surgiu com o intuito de interromper a degradação total dos recursos ambientais, evitando ultrapassar o limite da sustentabilidade e possibilitando reverter uma tendência de degradação.
Desde o final do século passado, questões relacionadas com o meio ambiente têm surgido cada vez mais nas pesquisas, refletindo o incômodo da sociedade com a degradação ambiental. Mesmo diante da dificuldade de determinar ou estimar um valor para os serviços ambientais, foram criadas técnicas de valoração ambiental.
Se a valoração monetária de bens e serviços ambientais não for entendida como um custo importante, os impactos causados pelo uso sem compensação seguem subvalorizados. Os prejuízos não são apenas da parte da compensação dos custos de reposição, mas também da falta de reposição e deterioração da vida, do ambiente e das fontes claramente esgotáveis de recursos.
Com isso, o governo deve entender esses custos, atribuir as compensações e limitações aos agentes causadores de impactos ambientais e obrigá-los a cumprir a legislação vigente, pois ética ambiental sem fiscalização, quantificação e valorização não minimiza de fato os impactos ambientais.
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