A madeira é matéria-prima principalmente para a indústria moveleira e para a construção civil. Permite a criação de portas, pisos, rodapés, divisórias, dentre outros produtos.
Setores da indústria moveleira, como as marcenarias, utilizam constantemente o MDF para fabricar seus móveis. Esse tipo de matéria-prima consiste em um painel de fibra de madeira de composição homogênea, que garante sua resistência e estabilidade, sendo conhecido internacionalmente como ecologicamente correto por substituir o uso de árvores nativas. A produção de MDF utiliza principalmente as madeiras de eucalipto e pinus.
Contudo, a destinação incorreta do resíduo de MDF, que consiste em aparas e o pó, pode gerar impactos ambientais.
Regularização ambiental do empreendimento exige a destinação correta do resíduo de MDF
Quando o empreendedor busca a regularização de empreendimentos do setor moveleiro através da obtenção da Licença Ambiental, um dos fatores a serem considerados é a destinação adequada do resíduo de MDF.
Classificação do resíduo de MDF
De acordo com a norma NBR 10.004/2004, da ABNT, que trata da definição e classificação dos resíduos sólidos, os de MDF são classificados como Classe I - Perigosos.
Eles podem conter resinas sintéticas e, além disso, o material pode ser tratado com produtos halogenados, antifúngicos, tintas, vernizes, adesivos e revestidos de plásticos e PVC, o que inviabiliza a sua utilização como combustível em quaisquer condições de queima.
Nessa classe estão incluídos os resíduos com características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade, por exemplo: Restos de tintas, óleos usados, solventes, estopas, panos e papeis contaminados com óleos e graxas e o resíduo de MDF.
Disposição incorreta do resíduo de MDF em aterros sanitários
Como esse tipo de resíduo oferece risco ao meio ambiente e a sociedade, necessita de uma destinação especial, o que encarece o produto. Devido a isso, muitos estabelecimentos tem descartado esse resíduo de maneira incorreta, como material inerte de construção civil ou resíduo doméstico, em aterros sanitários.
Quando dispostos no solo, o pó e as aparas de MDF podem ser fonte de contaminação, diminuindo também a capacidade e a vida útil do aterro sanitário.
Alternativa para a reutilização do resíduo de MDF
Devido a esse cenário, novas alternativas para a reutilização do resíduo de MDF estão sendo criadas, com o objetivo de incentivar, principalmente os pequenos produtores, a darem uma destinação correta.
Recentemente, uma inciativa da Escola de Arquitetura da UFMG, associou design e criatividade para desenvolver produtos de decoração e utensílios domésticos a partir do pó de MDF.
A técnica, batizada de Ligno, consiste na mistura da serragem (derivada da madeira maciça) ou do pó de MDF com um aglutinante específico, semelhante à cola branca escolar.
Na produção dos produtos, a mistura do pó de MDF é colocada em uma prensa que transforma o resíduo diretamente em produto, sem necessidade de outras operações, como usinagem e corte.
O investimento relativamente baixo exigido pelo processo torna possível sua replicação até mesmo em marcenarias modestas.
Sabe-se que reutilizar é uma das melhores alternativas para minimizar os impactos negativos no meio ambiente, uma vez que aumenta a vida útil da matéria prima e diminui a quantidade de resíduos descartados.
Projetos que fomentem a reutilização do resíduo de MDF são uma oportunidade de parceria e uma solução barata para empresas menores que querem se regularizar através do Licenciamento Ambiental e, para isso, necessitam dar uma destinação correta para o seu resíduo.
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