O desenvolvimento urbano em muitos países foi fundamentado por processos de expansão territorial consolidados pelo desiquilíbrio na gestão do uso e ocupação do solo. Inúmeros impactos negativos de ordem socioeconômica e ambiental relacionados à escassez de infraestruturas e serviços surgiram em decorrência do crescimento desordenado e desigual nas áreas urbanas.
O alto grau de impermeabilização, a ocupação desestruturada em áreas de mananciais e fundo de vales criaram condições para a alteração dos componentes do ciclo hidrológico, aumentando, por exemplo, a taxa de pico do escoamento superficial das águas pluviais e o assoreamento dos corpos hídricos.
O volume de água que escoava lentamente pela cobertura vegetal passou a exigir maior capacidade de escoamento, propiciando condições para a ocorrência de inundações, enchentes e alagamentos.
Estas externalidades negativas contribuem diretamente para o aumento do risco de inúmeras doenças de veiculação hídrica gerando prejuízos aos processos de desenvolvimento e qualidade de vida da população urbana.
Neste sentido, os sistemas urbanos de drenagem possuem um importante papel no gerenciamento das águas pluviais, assegurando seu transporte em condições apropriadas para um meio receptor.
Em termos humanos, o benefício mais valioso de um sistema eficaz de drenagem urbana é a manutenção da saúde pública. Este objetivo particular é de extrema importância na proteção contra a propagação de doenças. As obras de drenagem ajudam no controle de vetores relacionados à transmissão de doenças como filariose, malária, leptospirose, entre inúmeras outras.
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