
Os profissionais que atuam nas unidades de saúde frequentemente manuseiam materiais perfurocortantes, como agulhas, ampolas de vidro, bisturi e espátulas.
Acidentes de trabalho podem ocorrer devido à exposição ao material biológico contido nesses objetos ou ao risco físico que o manuseio incorreto representa. Os objetos contaminados podem transmitir doenças graves como a AIDS e a Hepatite.
A adoção de medidas de Gestão de Resíduos para manuseio, acondicionamento e descarte correto contribui para a diminuição de ocorrências de acidentes de trabalho.
A sensibilização para o seu correto acondicionamento e descarte deve estar enraizada nos hospitais, clínicas e consultórios. O cuidado deve se estender a todos os profissionais da cadeia produtiva: supervisores, funcionários da saúde e da limpeza.
Grupo E - Resíduo Perfurocortante
Os resíduos com objetos perfurocortantes pertencem ao GRUPO E da classificação da Anvisa.
O Grupo E é identificado pelo símbolo de substância infectante, com rótulo de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta.

Acondicionamento
O seu acondicionamento é feito em caixas coletoras para material perfurocortante, fabricadas conforme a Norma Técnica NBR 13853. Elas são resistentes à perfuração, ruptura e vazamento, com tampa provida de fechamento e devidamente identificadas com símbolo de material infectante.
Quando o preenchimento dessas caixas atingir 2/3 de sua capacidade, elas devem ser lacradas e encaminhadas para a disposição final.

Transporte
O acondicionamento para transporte deve ser nas próprias caixas coletoras, podendo guardá-las dentro de sacos brancos, devidamente identificados.
Tratamento
O tratamento para os resíduos perfurocortantes é a autoclavagem. Nesse tipo de tratamento, os objetos são submetidos à esterilização por meio de aparelhos chamados Autoclaves.
Nas autoclaves esses resíduos são submetidos ao vapor sob alta pressão e alta temperatura (média de 135 C°). A combinação de alta pressão, temperatura e vapor elimina os microrganismos, tornando-os resíduos comuns, sem risco a saúde.
Destinação Final
Uma vez tratados e esterilizados, estes resíduos podem ser considerados resíduos comuns, sendo destinados a aterros licenciados.
O que não fazer?
Não sobrecarregar a capacidade das caixas coletoras, pois existe o risco de ficar algum objeto perfurocortante para fora da caixa.
Não esvaziar e/ou reaproveitar as caixas coletoras. Elas são descartáveis!
A agulha não deve ser retirada da seringa após o uso. O descarte é feito com a seringa.
Não quebrar, entortar ou recapear as agulhas.
Curiosidade
Em diversos estudos, a prática de reencapar as agulhas foi responsável por cerca de 35% dos acidentes com objetos perfurocortantes, enquanto que o descarte de agulhas em local inadequado (saco de lixo comum, cama, mesa de cabeceira do paciente, campos cirúrgicos), ocasionou cerca de 20% dos acidentes com profissionais de saúde.
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