Desde os primórdios das civilizações, o homem sente a necessidade de representar o espaço em que vive. O pensamento geográfico através de mapas é uma das formas mais antigas. Os primeiros registros incluem representações feitas sobre madeira ou pele de animais.
Durante toda a história, as civilizações se ocuparam em estudar e registrar dados sobre o relevo, fauna, flora, rotas comerciais, limites políticos, e etc. Com o avanço das tecnologias, foi possível reunir todos esses dados em um mapa só. Tal proeza só foi possível graças a chegada do Geoprocessamento.
O geoprocessamento é um conjunto de tecnologias responsáveis por coletar, processar, analisar e disponibilizar dados georreferenciados, por meio de softwares específicos.
Geoprocessamento e Análise Ambiental
Através de ferramentas de geoprocessamento, o profissional pode trabalhar variáveis ambientais, fenômenos sociais e suas representações, suas potencialidades e limitações.
As áreas de aplicação são diversas: Gestão de recursos hídricos, Distribuição de rotas migratórias, Gestão da biodiversidade, Análise de fragmentação da paisagem, Estudos geomorfológicos, Agricultura de precisão, dentre outras.
Quando se pensa em análise ambiental e avaliação de impactos em Estudos Ambientais, essa técnica torna-se muito importante.
Critérios Locacionais e Fatores de Restrição ou Vedação para Empreendimentos
Como exemplo podemos citar dois itens considerados na Deliberação Normativa nº 217 do Copam, que regulamenta o Licenciamento Ambiental no Estado: os Critérios Locacionais para Enquadramento e os Fatores de Restrição ou Vedação.
Os critérios locacionais dizem respeito à proximidade e interferência do empreendimento com áreas sensíveis e de relevância ambiental, como unidades de conservação e vegetação nativa.
Os fatores de restrição ou vedação dizem respeito a áreas protegidas como terras indígenas, quilombolas, unidades de conservação e áreas de preservação permanente, sendo restrita ou vedada a operação do empreendimento nessas áreas.
Esses fatores ambientais devem ser levados em consideração durante a análise espacial do empreendimento. O geoprocessamento permite inserir a área delimitada do empreendimento em mapas ou imagens de satélite, com várias camadas de dados relacionadas à restrição ambiental que ser quer verificar.
Diversas camadas de dados em um mapa só
Desta forma, é possível construir mapas altamente específicos, associando diversos tipos de informação. Ou seja, pode-se fazer o mapeamento de problemas e situações ambientais e/ou urbanas, juntamente com informações demográficas, geográficas e topográficas em um só lugar.
Em situações de desmatamento e poluição, por exemplo, o geoprocessamento possibilita uma análise completa sobre o problema, na busca por medidas de proteção ou restauração.
Através dos softwares, o profissional pode registrar as áreas degradadas com extrema exatidão e reunir todas as informações necessárias para sua recuperação.
Já nas áreas urbanas, permite que a gestão pública controle atividades de infraestrutura como transportes, geração de energia e obras no geral.
Sendo assim, fica mais fácil o controle de atividades passíveis de licenciamento, e monitoramento de solos, recursos hídricos e áreas protegidas.
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