William D. Nordhaus e Paul M. Romer
Fonte: The nobel prize
O conceito Triple Bottom Line, o tripé da sustentabilidade, criado pelo sociólogo John Elkington, diz que pessoas, planeta e lucro estão interligados, sendo necessário que os negócios sejam economicamente viáveis, ambientalmente responsáveis e socialmente justos.
Basicamente, crescimento sustentável é o avanço econômico que garante a preservação do meio ambiente e preza pelo desenvolvimento social da população mundial. Aplicado às inovações tecnológicas, esses princípios estão mudando o mercado.
A pergunta fundamental é: como criamos um crescimento econômico sustentável a longo prazo?
Buscando responder a essa pergunta fundamental, a Academia Real Sueca de Ciências dá o prêmio Nobel deste ano para dois economistas americanos, que realizaram pesquisas sobre crescimento econômico sustentável e propuseram modelos inovadores para essa área.
Os economistas e professores acadêmicos William D. Nordhaus e Paul M. Romer, ganhadores do Nobel de Economia deste ano, são referência em suas áreas de atuação. Os dois pesquisadores foram pioneiros ao adaptar a teoria econômica para dimensionar melhor as questões ambientais e o progresso tecnológico.
William Nordhaus é pioneiro em estudos sobre economia ambiental desde os anos 1970. Ele foi reconhecido por seu trabalho na aplicação de análises econômicas e previsões de mudanças climáticas.
Uma de suas criações é o método da taxação de carbono (as empresas pagam impostos sobre o carbono emitido na atmosfera). Hoje, a tributação já é generalizada em toda a Europa.
No Brasil, de acordo com o Cebds, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, a precificação de carbono já é uma realidade entre as empresas, em seus processos de tomada de decisão sobre investimentos, mas muito ainda precisa ser feito na esfera governamental, a começar pelo estabelecimento de um marco regulatório sobre o tema.
Paul Romer conseguiu demonstrar que o conhecimento pode funcionar como um impulsionador do crescimento econômico a longo prazo, com seus estudos relacionados à influência das forças econômicas na disposição das empresas para produzir inovações.
A tese dele mostra como políticas que promovem pesquisa, desenvolvimento e educação estimulam o desenvolvimento tecnológico – e como isso interfere diretamente na melhoria do mercado.
Suas teorias têm influência direta no crescimento sustentável. Durante a cerimônia de premiação, e economista pontuou: “Muitas pessoas acham que proteger o meio ambiente será tão caro e tão difícil que apenas querem ignorar o problema. Espero que o prêmio possa ajudar a todos a ver que os seres humanos são capazes de realizações incríveis.”
Escrevemos um texto sobre tecnologias ambientais aplicadas no Brasil: Confira AQUI!