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Estudo estima custo da recuperação da vegetação nativa em Minas Gerais



O artigo científico “Enabling large-scale forest restoration in Minas Gerais state, Brazil”, publicado no dia 12 de abril na revista Environmental Research Letters, aborda os custos privados e públicos (governamentais) para promoção da recuperação da vegetação nativa sob diferentes métodos de restauração florestal no estado de Minas Gerais. Os valores foram estimados através de um modelo computacional. A pesquisa foi desenvolvida por Felipe Nunes, da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Britaldo Soares Filho e Raoni Rajão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Frank Merry, Conservation Strategy Fund.

Como parte da estratégia de desenvolvimento sustentável do Brasil, estão o cumprimento da legislação florestal e a meta de redução de emissões visando ao combate às mudanças climáticas. Para isso, o país tem o compromisso em restaurar milhões de hectares de florestas. O estudo conclui que a utilização de técnicas de baixo custo poderia recuperar 1,5 milhão de hectares e regularizar até 75% do passivo ambiental (áreas desmatadas ilegalmente), conforme preconizado pelo novo Código Florestal. São citadas como técnicas naturais adequadas a restauração passiva, a qual toma partido de processos naturais demandando somente o isolamento das áreas, e também a natural assistida, que inclui um mínimo de intervenção visando o controle de espécies invasoras e facilitação dos regenerantes naturais. Estimam-se que num período de 20 anos, haveria um sequestro de 284 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (MtCO2e), caso fossem investidos cerca de 775 milhões de dólares (US$) que é o custo das medidas.

O artigo também aponta para a importância da implementação do Código Florestal para que de fato ocorra a recuperação do passivo ambiental. Conclui que a regulamentação de diferentes técnicas de restauração, associada a incentivos econômicos e procedimentos de mapeamento e monitoramento das propriedades rurais no âmbito dos Programas de Regularização Ambiental (PRA) estaduais será crucial para o sucesso da política nacional de restauro florestal.

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