Uma bateria que tem eletrólito composto principalmente pela ureia foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos EUA. A ureia é produzida industrialmente em larga escala para produção de fertilizantes de plantas, além disso, a bateria é não inflamável e seus eletrodos são feitos de elementos como o alumínio e grafite. O desenvolvedor do projeto, Hongjie Dai, professor de química, afirma que a bateria é feita com alguns dos materiais mais baratos e mais abundantes encontrados na Terra e possui bom desempenho.
Anteriormente, em 2015, o pesquisador havia desenvolvido uma bateria recarregável de alumínio que foi carregada em menos de um minuto e durou milhares de ciclos de carga-descarga. Porém o sistema havia a desvantagem de possuir um eletrólito de alto custo, cerca de cem vezes mais caro que o eletrólito a base de ureia. O ganho que se tem com a utilização deste tipo de tecnologia é alto devido ao crescimento da demanda por tecnologias renováveis, aumentando assim a necessidade de baterias baratas e eficientes para armazenar a energia gerada. Diferente da bateria desenvolvida, as baterias atuais são caras, inflamáveis e têm vida útil limitada. Atualmente está em andamento o desenvolvimento de uma versão comercial da bateria.
Michael Angell, co-criador do projeto, pretende estender a vida útil da bateria investigando os processos químicos dentro da bateria a fim de atender às demandas de armazenamento de rede, devido a necessidade de duração de uma bateria comercial de dez anos no mínimo. No laboratório, estas baterias de alumínio à base de ureia podem passar por cerca de 1.500 ciclos de carga com um tempo de carga de 45 minutos.