
O Brasil abriga a maior área úmida do planeta, o Pantanal, com 170.500,92 mil km² de extensão, abrangendo parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além da Bolívia e Paraguai e abrigando uma rica biodiversidade. O Pantanal sofre com gravs ameaças devido ao desmatamento, às queimadas, ao uso indiscriminado de agrotóxicos, más práticas agropecuárias e à falta de saneamento. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, até 2009 o Pantanal perdeu 15,31% de sua área total, o que equivale a 23.160 km² de vegetação nativa.
Um estudo do WWF-Brasil com o Instituto Trata Brasil identificou que menos de 10% do esgoto na região recebe tratamento antes do descarte, quando despejados os outros 90% contaminam águas, solo e até o lençol freático. Outra pesquisa mostra que a região das cabeceiras, onde nascem as águas que alimentam o ciclo hidrológico do bioma, está em alto risco, que pode levar à seca completa de uma nascente. Além disso, a turbidez dos rios Jauru, Sepotuba e Alto-Paraguai vem aumentando, isto é, o aumento de sólidos dissolvidos, que afeta o ciclo de vida dos peixes, pela falta de transparência na água, além de dificultar o tratamento da água que será distribuída à população por parte das empresas de saneamento.
Há 16 anos o WWF-Brasil trabalha no Pantanal e apoia projetos de conservação. Algumas iniciativas coordenadas pelo Programa Cerrado Pantanal na região vêm sendo implementadas, como estudos de impacto sobre o uso do solo e mudanças climáticas, cálculo da Pegada Ecológica, trabalho em escolas sustentáveis, monitoramento da cobertura vegetal, ações para conservação de áreas degradadas, estímulo à produção sustentável de carne com a promoção de boas práticas para o fortalecimento da pecuária orgânica certificada.