Sucessivas crises hídricas vêm obrigando as empresas, no Brasil e no mundo, a darem respostas a problemas cada vez mais complexos, para a resiliência dos seus negócios.
Conflitos sociais causados pelo uso da água, impactos provocados pelas mudanças climáticas, baixos índices de saneamento, busca por viabilidade econômica das soluções e desperdício são alguns dos inúmeros fatores envolvidos no processo de tomada de decisão.
A gestão dos recursos hídricos é, portanto, uma estratégia a ser aplicada em todas as empresas, independentemente de seu porte ou ramo de atividade, e exige ações práticas, objetivas e duradouras.
Sendo assim, aqui vão 05 estratégias valiosas que apresentam os princípios básicos para o alcance da eficiência hídrica, para os mais variados perfis de negócios.
#01: Cultura organizacional
A governança corporativa envolve mecanismos ou princípios que orientam o processo decisório dentro de uma empresa, os quais se desdobram em políticas e práticas.
Esses aspectos devem envolver não apenas a alta administração, mas também as demais partes interessadas, tais como funcionários, clientes, fornecedores, comunidade e governo.
Em um primeiro momento, o foco da gestão empresarial é normalmente o atendimento legal e a melhoria do desempenho operacional. Já o “olhar para fora da cerca” é resultado do amadurecimento da governança ou, no caso da gestão de recursos hídricos, da ocorrência de problemas severos de escassez ou qualidade da água.
Nesse sentido, a incorporação do gerenciamento dos riscos hídricos à governança das organizações é um fator determinante para uma melhor qualificação do processo de tomada de decisão.
Algumas das ações possíveis para trabalhar essa estratégia são:
· Criação de campanhas que envolvam os funcionários em desafios para redução do consumo de água;
· Projetos para reúso da água;
· Abertura de canais de comunicação interna para compartilhamento de projetos e dicas.
#02: Inserção da água na estratégia do negócio
A avaliação dos riscos associados ao uso da água é a etapa que permite o direcionamento de ações de prevenção e mitigação, além do mapeamento de oportunidades para o negócio por meio da adoção de melhores práticas.
Entre essas práticas estão redução de custos, aumento da eficiência operacional no uso da água, valorização da marca e desenvolvimento de novos produtos e serviços.
A elaboração de uma matriz de risco que relacione a probabilidade de ocorrência com a magnitude dos impactos é uma das maneiras de fazer essa avaliação.
#03: Valoração
A mudança de paradigma com ênfase no entendimento da água como um recurso finito é a base para sua valoração econômica.
A falta de conhecimento das questões relacionadas à água pode atrasar e até impedir que projetos de eficiência de uso da água aconteçam, em virtude da desconsideração de fatores como escassez e qualidade, por exemplo. Uma forma de contornar essa barreira é valorar o real custo da água em todos os processos.
Para promover o conhecimento em relação ao assunto e apoiar uma real valoração da água na empresa devem ser considerados aspectos, como:
· Desenvolver formas de visualização do desempenho de cada parte da planta;
· Incorporar mensuração nos equipamentos que utilizam água e lançar os registros numa base de dados integrada;
· Avaliação do uso de água na bacia hidrográfica por outros stakeholders;
· Estabelecer prêmios de reconhecimento por boas ideias;
· Participar em Grupos de Discussão e Fóruns do tema Água.
#04: Mensuração
Determinar a pegada hídrica é um indicador relevante de consumo de água na produção de bens e serviços, independentemente da escala e da natureza da atividade.
Entre as etapas fundamentais para uma análise eficaz estão a Avaliação de Sustentabilidade, que busca identificar uma eventual insustentabilidade da pegada hídrica em uma determinada época do ano na área de uma bacia hidrográfica.
Com esse procedimento é possível avaliar o risco de escassez hídrica em uma grande bacia hidrográfica ou obter subsídios para a elaboração de um plano de mitigação do impacto em água de uma planta industrial.
#05: Saneamento
Um sistema de saneamento adequado aumenta a eficiência no uso da água em processos industriais, evita altos custos de tratamento e permite o abastecimento seguro.
A utilização de águas residuais de volta ao processo, por exemplo, diminui a necessidade de grandes volumes de captação para operar, o que confere maior resiliência do negócio frente a possíveis riscos de escassez hídrica.
Além disso, contorna as limitações a retiradas de recursos naturais, impostas no processo de concessão de outorgas para operar.
Agora que você já sabe as principais estratégias para a eficiência hídrica do seu negócio, é hora de montar seu plano de ação!
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