A água é um recurso natural limitado, de grande valor econômico, social e ambiental. Desta forma, o uso racional torna-se um fator crucial para a sobrevivência do planeta.
No setor produtivo, algumas indústrias dependem diretamente desse bem para o funcionamento de sua produção. Sendo assim, é urgente adotar mudanças de paradigma para se atingir uma gestão eficiente da água e dos efluentes líquidos.
Gestão Eficiente da Água
O primeiro passo para se atingir uma gestão sustentável é conhecer todos os usos da água na empresa. Faça também um mapeamento de todo o sistema de água e esgoto da sua fábrica, representando as redes e o fluxo.
Imagem: Usos da água nas indústrias
Fonte: FIEMG
Depois elabore uma planilha de acompanhamento do consumo diário de água, identificando os locais de consumo e medindo as vazões em cada ponto.
Após conhecer todos os usos da água, o próximo passo é fazer um diagnóstico do consumo no processo produtivo, objetivando a sua redução ou o reuso da água.
Algumas perguntas básicas que podem orientar o seu diagnóstico são:
É necessário colocar água no processo ou existe outra alternativa?
É realmente necessário o volume de água utilizado atualmente no processo produtivo?
Quais os motivos do processo ou atividade usar tanta água?
É possível reduzir a quantidade de água utilizada? Em qual ponto de consumo?
É possível utilizar uma água de qualidade inferior em parte do processo produtivo?
Gestão eficiente dos Efluentes Líquidos
Os efluentes líquidos são gerados após o uso da água nos processos de produção, na lavagem de pisos e utensílios, dentre outras fontes. O contato da água com produtos utilizados ou produzidos nas indústrias, gera esse líquido poluído.
Para a gestão dos efluentes, primeiramente deve-se fazer a sua segregação, em fluxos específicos. Ou seja, Efluentes Sanitários e Efluentes Industriais devem ser separados.
Depois faça uma planilha para quantificar a geração de efluente em cada ponto de saída, seja por setor, por linha de produção, etc.
Conhecer as características físico-químicas dos efluentes e o volume, por ponto de geração, ajuda a traçar o planejamento para o seu Pré-Tratamento. Realizar Ensaios de Tratabilidade para verificar as condições de tratamento dos efluentes em cada ponto, também é importante na tomada de decisão.
Nessa fase, a possibilidade de reutilizar o efluente pré-tratado no próprio processo ou em outro uso, já reduz impactos e aumenta a eficiência.
Algumas indústrias podem optar por fazer o tratamento do efluente líquido em Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) própria. O tratamento deve ser apropriado à exigência imposta pelo órgão ambiental, em caso de lançamento em corpos d’água, ou pela concessionária de água, em caso de lançamento em rede pública. O sistema de tratamento deve ser projetado e operado de acordo com as normas vigentes.
Na Copasa, existe o Programa de Recebimento e Controle de Efluentes Não Domésticos (PRECEND). É válido para as indústrias que geram efluentes líquidos em seus processos e desejam optar pelo lançamento em rede pública.
Medindo os volumes e sabendo as características físico-químicas dos efluentes gerados em cada ponto, resta realizar o monitoramento, pós-tratamento.
Fique atento aos parâmetros e limites para lançamento de efluentes, estabelecidos pela legislação vigente!
Faça o monitoramento de, no mínimo quatro pontos: na entrada e na saída da ETE e à montante (sentido contrário do fluxo) e à jusante (mesmo sentido do fluxo) do curso d’água.
E não se esqueça também de avaliar a possibilidade de reutilizar esse efluente dentro da empresa.
Reuso das águas
O reuso de águas pode ser definido como uma prática em que a água, após ser utilizada para um determinado fim, é reutilizada ou reaproveitada, após receber tratamento adequado ou não.
Imagem: Classes de água de reuso pela NBR-13.969 e padrões de qualidade
Fonte: FIEMG
Quer saber mais sobre soluções para atingir uma gestão eficiente das águas e dos efluentes na indústria? Clique AQUI e fale com um de nossos consultores!